quarta-feira, 11 de maio de 2011

A carta de João Carlos a Ghys; (João é um jornalista cristão)




Prezada Ghys,

Obrigado por me enviar sua argumentação sobre o tema. Fiz o que você me pediu: refleti e, por isso, decidi responder seu e-mail.

Vamos por partes:

1 - Quando você diz que Jesus amou a todos que eram considerados "ralé" na sociedade daquela época, você está dizendo que os homossexuais são a "ralé" da época atual e devem ser amados nessa condição?

2 - Os seus argumentos são exatamente o resultado do discurso da turma pró-PL 122, que tenta, sob o pretexto de defender a integridade dos homossexuais, liquidar com uma coisa básica para a sobrevivência de qualquer democracia: a liberdade de expressão. Esse é um princípio do qual nenhuma democracia pode abrir mão e, no nosso caso, é um preceito constitucional que deveria ser sagrado a quantos prezam (ou dizem prezar) o regime democrático. Democracia só existe onde os cidadãos são livres para expressar suas idéias; qualquer coisa fora disso é autoritarismo, é ditadura (ainda que construída com o voto popular, como na Venezuela de Hugo Chaves).
Nos Estados Unidos, onde todos dizem estar a democracia mais madura do planeta, a liberdade de expressão é tão sagrada que o Congresso é proibido de legislar sobre o tema. Em nenhuma circunstância, sob nenhum pretexto, deputados e senadores americanos podem apresentar qualquer projeto que ameace a liberdade de pensamento do povo americano.

3 - O que está em jogo, no PL 122/06, apesar de a maioria das pessoas não conseguirem atentar para isso, é a liberdade de pensamento, sob o pretexto de proteção aos gays (ou homoafetivos, como querem aqueles que acham o termo gay muito forte ou ofensivo, sei lá). A discussão não se trata, minha cara, da necessidade ou não de proteção especial a uma categoria de brasileiros, mas sim de não condenar a esmagadora maioria da população à mordaça da ditadura gay que está se construindo pelas mãos dos partidos socialistas (que de socialistas nada têm, a não ser quando se trata de roubar ["socializar"] o dinheiro público através dos mensalões e outros tantos escândalos que têm abalado o país).

4 - Seus argumentos "bíblicos", por assim dizer, mostram o mais completo desconhecimento do que diz. Vejo, pela forma que tenta envolver o nome de Deus na defesa da sodomia, que você é um daqueles que acreditam que Deus é somente amor. Mas a Bíblia diz que Deus também é justiça e que fará justiça contra o pecado do homem.
Já que você quer utilizar Jesus como escudo para defender o indefensável, me responda: Quando Jesus impediu que matassem a mulher adúltera, o que foi que ele disse a ela? Ele disse: "Vá e não peque mais".
O PL 122, da forma que está redigido, impedirá que qualquer pessoa faça o mesmo com os homossexuais. Ainda que em amor, ninguém poderá dizer a eles que é pecado a sodomia, como pecado é o adultério, o homicídio, o roubo, a mentira, etc. Padres, pastores e qualquer outra pessoa estarão impedidos de pregar o que está na Bíblia. E aí eu lembro que ninguém é obrigado a acreditar na Bíblia ou ouvir os conselhos de qualquer pregador, mas daí a transformar a pregação da Palavra de Deus em crime...

5 - Não sei se você leu a íntegra do PL 122/06 (eu já o fiz) e é bom que você leia para não achar que o texto visa apenas à defesa dos gays contra agressões, como argumenta no seu e-mail. No projeto em discussão no Senado, o objetivo principal é bem outro, minha cara: é de iniciar uma perseguição religiosa no Brasil, sob o pretexto de evitar a perseguição aos gays. É, como dizem, apagar incêndio jogando gasolina.

6 - Não sou preconceituoso, como você acha que sou. Sempre convivi com todas as pessoas de forma educada e civilizada, independente de sua opção sexual. No decorrer da minha vida (inclusive agora) minha convivência com homossexuais é sempre pautada pela boa educação, tratando a todos da mesma forma que trato os heterossexuais. Nunca agredi ninguém, seja por palavras ou atitudes que pudessem ferir a sua honra como seres humanos. Agora, o que defendo é que cada um tem direito a fazer de suas vidas o que quiserem, e isso inclui opção sexual, liberdade de pensamento e expressão, liberdade religiosa, etc. Proteger a uns à custa da perseguição a outros, como faz o PL 122/06 é que não dá. E torno a dizer: leia o projeto.

7 - Por último, minha cara Ghys, tenho uma péssima notícia para você. O relacionamento dos homens com Deus não é assim tão simplificado como você diz. A Bíblia diz que só serão aceitos por Deus aqueles que receberem Jesus como único Salvador e Senhor. Essa história de que todos são filhos de Deus é invenção de satanás para enganar os incautos. Experimente, se quiser e puder, ler o capítulo 17 do Evangelho de João, onde Jesus (Ele próprio) afirma que não veio para salvar toda a humanidade, mas os "escolhidos" do Pai. Antes de aceitar Jesus como Senhor, somos todos criaturas de Deus, segundo a Palavra. Só depois é que passamos a ser filhos de Deus, por adoção, através do sangue de Jesus.
Assim, querida, essa história de que Deus odeia o pecado e ama o pecador também é falaciosa. Salmos 5, verso 5, nos traz a uma dura realidade: ali fala claramente que Deus ODEIA o pecado e ODEIA o pecador. Palavras duras, não? Mas é o que está escrito.
Também está escrito que cabe àqueles que são de Jesus falar ao mundo que se arrependa dos seus pecados. E ainda que os sodomitas e efeminados não entrarão no Reino de Deus (1 Corintios 6: 10). O que está ocorrendo, com o PL 122/06, Ghys, é que ainda que queiramos dizer aos gays que deverão se arrepender dos seus pecados (como Jesus disse à mulher adúltera)não poderemos, sob pena de sermos presos por isso.
E se você e eu amamos todas as pessoas (seguindo o mandamento do Senhor) precisamos dizer a elas que há uma eternidade de vida (com Jeus) ou de morte (sem Ele) à espera de todos. Chamar ao arrependimento é dever dos cristãos, e se não o fizermos, seremos condenados juntamente com os pecadores impenitentes. Exatamente como aconteceu com a população de Sodoma e Gomorra (Gênesis capítulos 18 e 19), onde homossexuais e heterossexuais foram todos mortos como castigo, os primeiros pela prática do pecado e os segundos por acobertar o pecado e aceitá-lo como algo normal (Alguma semelhança com o que estamos vivendo hoje em dia?).

Mais uma vez, desejo que o Senhor Jesus te abençoe e te guarde!



Joao Carlos Rodrigues


OBS: Eu conheço o João pessoalmente, ele se converteu a Cristo, eu o conheci quando ainda não era um cristão. Um grande jornalista sulparaense, mas antes de tudo, um "nascido de novo"

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