terça-feira, 31 de maio de 2016

PUTIN E A NOITE DOS LOBOS - Por G. Murphy Donovan (comentários de J. Severo)


G. Murphy Donovan
Introdução de Julio Severo: Donovan, um ex-agente secreto dos EUA, mostra que a maior ameaça hoje é o islamismo e que enquanto os EUA e a Europa estão focando na Rússia que restaurou o Cristianismo em sua vida nacional, o islamismo e suas hordas de imigrantes estão conquistando a Europa. Enquanto o Ocidente está oprimindo a Rússia com sanções malignas, nações islâmicas terroristas como a Arábia Saudita não enfrentam nenhuma sanção. Franklin Graham, filho do famoso evangelista Billy Graham, também disse que os EUA precisam juntar forças com a Rússia contra o terrorismo islâmico. Leia o excelente artigo de Donovan:
No mínimo, Vladimir Putin é um líder que pinta a imagem da Rússia com pinceladas claras. Ele venceu um passado comunista e de KGB para criar uma espécie de autocracia democrática na Rússia. Ele literalmente, e figurativamente, restaurou o Cristianismo e as igrejas ortodoxas na Rússia. Em suas horas de folga, Putin anda de motos Harley Davidson com o Noites dos Lobos, o primeiro clube de motoqueiros na era pós-comunismo, uma organização que poderia ser o único clube político patrocinado pelo Estado no planeta.
O presidente russo também reabilitou as forças armadas da Rússia depois das derrotas militares com os afegãos e chechenos. Mais recentemente, Putin desacorrentou o urso e alterou a natureza da política e dissidência no Cáucaso, Geórgia, Ucrânia e agora Síria. A resistência russa à expansão da OTAN e às loucuras de mudanças de regime é uma resposta previsível, e até compreensível, a uma União Europeia azarada. Por que os políticos europeus buscam briga com a Rússia enquanto estão sendo invadidos e atacados por imigrantes islâmicos é um mistério para especialistas em tática e estratégias e diplomatas.
O presidente russo recentemente desmascarou também a Turquia como o calcanhar de Aquiles da OTAN, revelando a Turquia como uma 5ª coluna terrorista entre o Oriente e o Ocidente. A OTAN fazia vista grossa ao cartel petrolífero Erdogan/Baghdadi até a força aérea russa começar a destruir comboios que se dirigiam à Turquia. O diretor financeiro do consórcio turco com o ISIS parece ser Billy Erdogan, filho do presidente turco de duas caras. Do outro lado da fronteira, a Síria era outro pequeno impasse de guerra até Putin intervir.
Os russos ainda levam astronautas americanos ao espaço, enquanto o governo dos EUA mantém sanções maliciosas contra o governo russo — uma demonstração do caráter russo e da insipidez da era de Obama. Com Putin, a diplomacia está muitas vezes com a porta entreaberta. O transporte espacial russo é útil para americanos da NASA e dá chances para astronautas do mundo inteiro. As avançadas viagens espaciais agora requerem uma base no Cazaquistão e um foguete russo.
Diferente de líderes europeus e americanos, Vladimir Putin não tem ilusões sobre ameaças existenciais como fronteiras abertas, imperialismo islâmico ou fascismo religioso.
O mundo muçulmano vem fornecendo combatentes para uma guerra santa islâmica que já dura meio século que mira e mata americanos e europeus ocidentais com quase impunidade. Ironicamente, nenhuma nação muçulmana sofre a opressão de sanções econômicas como as sanções impostas sobre a Rússia. Aliás, os EUA e a Europa agora se cansaram tanto de atrocidades islâmicas que se acostumaram. Os muçulmanos continuam a matar e aleijar enquanto o governo dos EUA e a União Europeia continuam a arrumar desculpas para o terrorismo mundial como a nova normalidade.
Para os defensores, chamar o islamismo de uma “grande” cultura é a retórica imprestável dos facilitadores.
O movimento de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel é semelhante às sanções contra a Rússia, movimentos motivados por preconceitos e intolerâncias históricas. Ao mesmo tempo em que Israel ganhou uma série de guerras contra árabes predadores e o Ocidente ganhou a Guerra Fria contra o comunismo inepto, a Europa ainda não consegue aceitar uma Rússia que se reinventou.
O Dia da Vitória, celebrando o sucesso soviético na 2ª Guerra Mundial, se tornou o feriado mais importante no calendário russo no governo de Putin.
Diferente dos EUA e Europa, vitória, sucesso e a necessidade de se opor ao fascismo, inclusive a espécie religiosa, são pilares da vigilância russa atual. O presidente Obama está para visitar Hiroshima no Japão; ele rejeitou convites para celebrar o Dia da Vitória na Rússia. Dos “Grandes Três Aliados” da 2ª Guerra Mundial que derrotaram a Alemanha fascista e o Japão imperial, a Rússia fez o sacrifício mais elevado para derrotar os nazistas e salvar a Europa. A Rússia pode ter de resgatar a Europa de si mesma de novo no século XXI.
Enquanto o presidente russo cultiva uma ética de “nunca esquecer,” o presidente americano parece nunca se lembrar. Aliás, Barack Obama, como normalmente ocorre com a história muçulmana, parece ser ignorante do legado de culturas incomuns — e a diferença entre competição amistosa e letal. Se um esquerdista como o presidente Franklin Delano Roosevelt pôde unir seus esforços com Josef Stálin e um conservador como Ronald Reagan pôde negociar com Mikhail Gorbachev, como é que uma insignificância política como Barack Hussein Obama não consegue negociar com Vladimir Putin?
A face do fascismo do século XXI é religiosa — e islâmica. Não existe muita diferença entre totalitários seculares e religiosos. Coerção, terrorismo e atrocidade são o que eles têm em comum. Pobre Europa, com a possível exceção da Inglaterra que deseja sair da União Europeia, que parece estar canalizando condutas do início do século XX que facilitaram o nacional socialismo (nazismo). Recorde que a Itália e a Espanha uniram esforços com o fascismo. A França e a Bélgica se entregaram como prostitutas, e a maioria da Escandinávia permitiu que os canalhas de Hitler assumissem controle sem resistência. “Neutralidade” na Europa antes e durante a 2ª Guerra Mundial era outra palavra para apaziguamento. No Norte, o aroma era colaboracionista; no Sul, a colaboração se chamava Vichy. Em vez de focarem em defesa, a União Europeia e a OTAN estão flertando com semelhante loucura histórica.
Os paralelos da Europa da 2ª Guerra Mundial e a União Europeia do início do século XXI não são mais difíceis de ignorar. Os eurocratas parecem não ter a mínima ideia acerca de defesa cultural comum ou defesa cinética comum. Os terroristas vivem lado a lado com belgas distraídos. A União Europeia busca resolver o problema da 5ª coluna agora fazendo da Turquia uma fronteira aberta para a Europa!
Às vezes não é difícil concluir que a Europa ingênua e a Arábia Saudita implacável e cruel merecem uma a outra. No passado distante, o islamismo estava às Portas de Viena. Agora o islamismo bate às portas da Abadia de Westminster em Londres. Se bom senso fosse dinheiro, a União Europeia estaria falida.
A perda de uma Europa Ocidental ingênua com certeza vai fornecer novas oportunidades para novas alianças. Considerando o caos e agressões epidêmicas que procedem do mundo islâmico, a Rússia, a China e os Estados Unidos poderiam ser os novos “Três Grandes Aliados” contra os totalitários do século XXI. Uma das vantagens mais óbvias de uma nova coalizão militar mundial seria a economia. Diferente dos dependentes da OTAN, os chineses e os russos certamente vão pagar suas próprias despesas.
Ironicamente, a China e a Rússia já são aliados fiscais, tanto quanto ambos emergiram como uma espécie de Viagra orçamentário para o Ministério da Defesa dos EUA. É difícil justificar “imensos” orçamentos de defesa no Pentágono se a ameaça real for a 5ª coluna de imigrantes muçulmanos e terroristas dirigindo picapes Toyotas.
Só um candidato nas eleições primárias americanas sugere que guerras pequenas, estratégias e alianças deveriam estar na mesa de negociações em 2016. Difícil prever como tal debate poderia ocorrer, mas qualquer movimento em novas direções seria uma melhoria diante da “nova normalidade”: ameaças falsificadas, inércia sanguinária e apaziguamento suicida.
O tempo não é um aliado dos europeus e americanos quando a guerra envolve ataques terroristas islâmicos ali e aqui que no final vão representar uma derrota de guerra.
G. Murphy Donovan é um ex-agente secreto dos EUA que escreve sobre as políticas de segurança nacional.
Traduzido por Julio Severo do original em inglês do American Thinker (Pensador Americano): Putin and the Night Wolves

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